O tendão de Aquiles é o maior e mais resistente do corpo humano, conectando os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. Apesar de sua robustez, está sujeito a lesões, principalmente em pessoas ativas e praticantes de esportes de impacto, mas também pode ser afetado em situações cotidianas, especialmente em pessoas acima dos 35 anos ou com fatores de risco como sedentarismo, uso de certos medicamentos ou alterações anatômicas nos pés.
As lesões do tendão de Aquiles podem se manifestar como tendinite (inflamação e dor local) ou ruptura (lesão parcial ou total do tendão). A tendinite provoca dor e rigidez na parte de trás do tornozelo, especialmente após atividades físicas ou ao sair da cama pela manhã. Já a ruptura costuma ser súbita, frequentemente acompanhada por um estalo e dificuldade ou incapacidade de caminhar normalmente, subir degraus ou ficar na ponta dos pés.
O diagnóstico é realizado principalmente por meio de um exame físico minucioso, avaliando função, contorno do tendão e testes clínicos específicos. Exames de imagem como ultrassom ou ressonância magnética podem ser indicados tanto em casos de suspeita de ruptura quanto em quadros de tendinite, para avaliar o grau de inflamação, presença de tendinose ou outras lesões associadas.
O tratamento da tendinite costuma ser conservador, envolvendo repouso, gelo, fisioterapia, adaptação dos hábitos e, em alguns casos, infiltração com ácido hialurônico para auxiliar na redução da inflamação e alívio dos sintomas. Já as rupturas do tendão de Aquiles, na maioria das vezes, exigem tratamento cirúrgico, especialmente em pacientes ativos ou quando há afastamento entre as extremidades do tendão lesionado.
Iniciar o tratamento precocemente é fundamental para recuperar a função e prevenir complicações, como perda de força ou recidivas da lesão.
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